Depois da partilha que fiz no último post, outra Mulher quis partilhar comigo a sua experiência e o que sentiu ao ver aquela entrevista... Então propus que partilhasse com a Mãe em Construção a sua história através de uma breve entrevista:
Mãe em Construção: - Como te sentiste ao ver aquela entrevista da Oprah Winfrey? Mulher: - Senti-me triste, com o coração muito apertado e com uma enorme vontade de abraçar os meus filhos... Nenhuma criança deveria ser exposta a situações destas e tomar consciência que na maioria das vezes o perigo é mais familiar do que desconhecido. Sinto-me muito insegura, desprotegida... Mãe em Construção: - Disseste-me que, além de teres tomado consciência do perigo, ainda tiveste outra tomada de consciência... Podes partilhar? Mulher: - Tomei consciência de que algumas experiências que tive na minha infância têm um nome: molestamento. Já tinha ouvido a palavra “molestar” várias vezes, sem nunca me ter apercebido do que se tratava verdadeiramente... Acho que não queria pensar nisso... Mãe em Construção: - Sentes que poderia ser uma forma de te protegeres das memórias dessas experiências? Mulher: - Sem dúvida! Era mesmo como se quisesse separar-me dessas memórias, dessa realidade... Mas em criança passei por isso, fui molestada! Fui tocada nas maminhas por um familiar, enquanto via televisão com ele no sofá. Devia ter uns 9 ou 10 anos, não sei... Começou por uma brincadeira de cócegas que foi evoluindo e já eram cócegas nas maminhas, mas que me causaram estranheza (talvez algum prazer) e desconforto. Não lhe disse nada, e não disse a mais ninguém... Também não me afastei dele, porque achei que por ser alguém familiar, de quem eu gostava e em quem confiava, que não haveria de ser errado... mas também não tinha a certeza que seria certo... Alguns dias depois a cena repetiu-se, outra vez a vermos televisão, novamente de forma progressiva, com umas cócegas. Não tenho memória exata de quantas vezes aconteceu, mas talvez umas quatro vezes. Talvez eu tenha começado a oferecer mais resistência, não sei... E uns anos antes, talvez com uns 5 anos, fui beijada na boca por outra pessoa próxima. Essa pessoa tinha mais uns 6/7 anos que eu e estava no início adolescência. Também era alguém em quem eu confiava, de quem gostava e com quem convivia. Nas nossas brincadeiras no quarto, acabou por beijar-me na boca e eu senti uma ambivalência dentro de mim: gostava da pessoa, mas também sentia que o que estava a fazer-me não era correto... Não deixei de querer brincar com a pessoa e não me mostrei zangada... Voltei a procurá-la para brincar noutro dia e voltou a acontecer, mas lembro-me de tentar afastá-la no momento em que aconteceu novamente... É só isto que me lembro. Mãe em Construção: - Como foram estes anos? Como conviveste com isso? Mulher: - Nunca contei a ninguém... Nem à minha melhor amiga. Tinha vergonha. Sentia que havia ali algo de errado. Sentia também que eu tinha facilitado isto. Sentia culpa. Há uns anos atrás refleti sobre isso e questionei se seria culpa minha... Se a pessoa que me molestou aos 5 anos estaria a descobrir-se e a envolver-me nessa descoberta... Se isso seria algo normal naquela idade e eu estaria a atribuir um significado errado... Se as cócegas nas maminhas teriam sido inocentes e o toque nessa zona erógena poderia ter sido casual... Assim guardei tudo no “saco”, até ver o vídeo e perceber que a única inocente nestas histórias fui eu! Mãe em Construção: - E hoje, como vês tudo isso? Mulher: - Hoje eu sei que não foi nada que eu tivesse feito, não havia qualquer responsabilidade minha nestes episódios. Eu apenas gostava das pessoas e queria relacionar-me com elas, receber carinho. Acreditei que aquela forma de me mostrarem o seu amor era normal... Nem com 5, nem com 10 anos, não tinha maturidade para entender nada disto. Sinto alguma revolta e medo que isto aconteça com algum dos meus filhos e sinto-me grata por nunca ter sido mais do que isto. Mãe em Construção: - Qual a tua intenção ao partilhares isto com a Mãe Em Construção? Mulher: - A minha intenção é mostrar à pessoas que o perigo pode viver perto ou longe e, por isso, é importante conversarem com as suas crianças, esclarecê-las para que saibam distinguir o que é aceitável fazerem com elas e o que não é aceitável. Para que elas saibam que é importante falar com os pais sobre o que sentem de menos estranho na relação com outras pessoas... É preciso que se entenda que forçar as crianças a ter contacto afetivo, íntimo com pessoas - mais ou menos familiares -, como um beijo para cumprimentar alguém que elas não querem beijar, pode ser mesmo uma forma de lhes mostrar que não são elas que mandam no seu corpo... e que se elas não mandam, quem manda pode ser alguém com algum tipo de poder sobre elas. É uma forma de mostrar que mesmo que sintam desconforto, devem ignorar esse desconforto. É urgente respeitar o corpo das crianças, o seu espaço vital! Relembrando os valores base da Parentalidade Consciente, que nos ajudam muito na orientação da nossa relação com as nossas crianças, sejam filhos, netos, sobrinhos, alunos... Igual Valor - Respeito pela Integridade - Autenticidade - Responsabilidade Pessoal Em breve irei falar um pouco sobre estes 4 valores...
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Recentemente várias notícias têm trazido à tona questões sobre consentimento, sobre o poder do “Não”, sobre o valor da vontade da criança em relação ao contacto íntimo com outras pessoas (sejam avós, outros familiares ou amigos) e a sua relação com as regras de educação...
Tenho-me sentido triste e até chocada com alguns comentários, mas também satisfeita com esta oportunidade de reflexão, para mim e para muita gente. No Círculo de Mulheres do qual faço parte, de alguma forma este tema foi puxado. Não foi o tema central, mas o facto de ser uma excelente oportunidade de reflexão levou o grupo a dar-lhe maior ênfase, discutindo-o muito e trazendo muitas partilhas pessoais. Uma das Mulheres partilhou que viu há uns anos uma entrevista da Oprah Winfrey a um grupo de pedófilos. E a partir dessa entrevista, ela partilhou com a filha algumas indicações para que ela pudesse proteger-se. Pedi a esta Mulher para partilhar com a Mãe em Construção aquilo que ela tinha dito à filha na altura, pois a sua partilha ressoou em mim e achei que poderia ajudar outras Mães ou outros Pais a protegerem as suas crianças. Há vários anos, quando vi o programa da Oprah em que ela entrevista um grupo de pedófilos, tive tomadas de consciência muito fortes.
Fiquei curiosa em relação à entrevista que falou, e fui procurá-la.
Tal como com esta Mulher, esta entrevista teve um enorme impacto em mim. O facto de perceber que as crianças não contam o que se passa, porque estes abusadores também conseguem fazê-las sentirem-se bem, porque são alguém em quem elas confiam muito e com quem gostam de estar... Perceber que nada disto acontece de forma brusca, mas existe antes um crescendo, um avanço na confiança que vão conseguindo por parte das crianças... Que angústia! É um tema difícil, eu sei, e o argumento de que isto só acontece nos EUA não é válido de todo... Basta darem uma olhadela aqui, onde podem ler relatos reais de casos que aconteceram no nosso país. Agradeço a esta Mulher pela sua partilha, da forma simples como abordou o tema com a filha e agradeço a todas as outras Mulheres do meu Círculo por se permitirem ir mais além, refletirem para além do que é manifesto, por partilharem e cuidarem de si e, ao mesmo tempo, de todas nós. Gostava que todas as pessoas pudessem ter um espaço seguro, de apoio e reflexão, como este. Convido-vos a ver o vídeo, e também vos deixo um resumo da entrevista.
4 Coisas que Precisas de Saber Sobre o Abuso Sexual Infantil
O Mito do Perigo do Estranho Em janeiro de 2010, Oprah sentou-se com quatro molestadores de crianças internados e a sua terapeuta, Dawn Horwitz-Person, para uma discussão franca sobre o ciclo de abuso, detalhes gráficos dos seus crimes e como preparavam metodicamente as suas vítimas. "Fui violada aos 9 e molestada dos 9 aos 14 anos e, por causa disso, sempre quis ser capaz de me sentar e conversar com um grupo de molestadores de crianças e perguntar porquê e como fazem o que fazem.” Oprah diz. "É a conversa mais honesta que já tive com criminosos sexuais." Depois “entrar” na mente destes molestadores, Oprah diz que há quatro coisas que todos devemos saber: Primeiro, 90% dos molestadores de crianças conhecem as suas vítimas. A maioria não são estranhos que se escondem nos arbustos, à espera para raptar crianças. "Estamos a falar de amigos da família, tios, pais, irmãos e vizinhos", diz Oprah. "Menos de 10% dos molestadores são os estranhos que vemos nos noticiários a raptar crianças." Antes de Lee ser apanhado a molestar uma menina de 5 anos, ele diz que era um amigo próximo da família da menina. A sua vítima chegou a chamá-lo de "avô". "Ela confiou mais em mim do que nos pais", diz Lee. Tanto Darren quanto David estavam relacionados com as suas vítimas. David diz que molestou e violou um familiar próximo durante 12 anos, enquanto Darren já foi sexualmente obcecado pela sua filha de 12 anos. No início, Darren diz que tinha fantasias sexuais com a filha. Então, começou a agir sobre essas fantasias. Ele começou a tocá-la de forma inadequada enquanto ela dormia, ou fingia dormir por medo. Com o tempo, o abuso aumentou. "Perguntei-lhe se poderia copular oralmente e ela disse não", diz Darren. "Ela realmente disse-me uma vez 'eu não queria que fizesses isso porque és meu pai'". Apesar do pedido, Darren diz que o abuso continuou. A segunda coisa que Oprah quer que todos os pais saibam é que os molestadores não escolhem as suas vítimas aleatoriamente. Eles procuram crianças vulneráveis, ganham a sua confiança e seduzem-nas. "É tudo muito calculado, e é tudo muito deliberado", diz Oprah. "Sem confiança... o abuso sexual não é possível. A confiança é o fator número um que eles precisam para ter sucesso." Robert, um homem que violou quatro raparigas jovens, disse que ganhou a confiança delas dizendo-lhes que as amava. Também procurou raparigas que exibiam características semelhantes. "Eu vejo raiva nela - raiva contra os pais, retaliação contra os seus pais", diz ele. "Eu vejo a confiança delas em mim." Dawn (a terapeuta) diz que alguns molestadores não acham que estão a fazer nenhum mal porque não causam dor física à criança. "Eu acho que é por isso que o abuso continua, também, por causa desse relacionamento de confiança", diz ela. "Elas muitas vezes não berram, não gritam, não contam de imediato, o que reforça o sistema de crenças deles." David diz que ele foi capaz de seduzir e violar um membro da família porque ela foi negligenciada por seus pais. "Eu era o único no mundo dela que a ouvia, quem a validaria", diz ele. "Isso deu-me muito poder sobre ela." A terceira lição é que alguns abusadores são tão cúmplices, que são capazes de manipular as suas vítimas e fazer com que o molestamento as faça sentirem-se bem. "Isso confunde a criança levando-a a culpar-se quando a culpa nunca é da vítima", diz Oprah. De acordo com esses homens, o processo de "preparação" começa cedo e, a princípio, é subtil. "Iniciei o meu processo de preparação ouvindo-a, e então passei a ouvi-la com a mão no ombro dela", diz David. "Então abraçávamo-nos no sofá, e eu estava a prepará-la para me tornar fisicamente íntimo com ela." Darren diz que esfregou as costas e os pés da filha para que ela se acostumasse a ser fisicamente tocada por ele antes que ele começasse a tocá-la sexualmente. "Isto cria uma espécie de vínculo", diz ele. "Eu sabia que estava errado, mas justifiquei isso na minha cabeça dizendo que era uma coisa especial entre nós e que eu não estava a magoá-la." Apesar de Lee ter 60 anos quando molestou uma criança de 5 anos, ele diz que realmente acreditava que estava a dar-lhe prazer físico. "Não acha que era um velho nojento?" pergunta Oprah. "Na época em que começou, sim", diz Lee. "Depois de ter começado, para mim era tarde demais para parar." Por último - e mais importante - esses molestadores de crianças assumidos dizem que há coisas que os pais podem fazer para proteger os seus filhos e filhas. Primeiro, Lee diz estar alerta. "Não precisas de desconfiar de todos", diz ele. "Mas pelo menos abre os olhos, olha à tua volta e vê o que está a acontecer." Se estás numa festa e percebes que alguém passa mais tempo com as crianças do que com os adultos, Lee diz que é uma bandeira vermelha. Quando a filha de Darren relatou o seu abuso pela primeira vez, Darren disse que ela mentiu, para se livrar. Agora, ele adverte os pais a prestarem atenção aos sinais dos seus filhos e a ouvi-los. "Quando dizem que alguém lhes tocou, acredita neles, porque as crianças não mentem sobre essas coisas", diz ele. "Muitas vezes, livram-se porque os pais acreditam no adulto em vez de acreditarem no filho. Ouve as crianças." "Existe alguma coisa que a sua filha poderia ter feito para tê-lo impedido?" pergunta Oprah. "Ela fez. Ela denunciou-me e estou muito orgulhoso dela por isso", diz Darren. "Ela tinha todo o direito de proteger- se, e estou feliz por ela ter tomado essa iniciativa." Se és vítima de abuso, Oprah diz que a melhor maneira de parar é contar a alguém. "Se eles não acreditam em ti, continua a dizer até que alguém acredite", diz ela. "Molestadores não querem que fales. Diz a alguém hoje!" (tradução livre do site: http://www.oprah.com/oprahshow/4-things-to-know-about-child-molestation/all) Tens regado a semente da autoestima das crianças com quem convives? A Parentalidade/Educação Consciente pode dar-te uma ajuda... Há dias, numa das minhas leituras de histórias antes dos meus filhos adormecerem, conheci a história "O Velho, o Rapaz e o Burro".
Esta história fez-me pensar sobre o meu percurso enquanto Mãe e numa das intenções da Parentalidade Consciente... Vou contar-vos, para perceberem o que estou a falar... Se ouvires falar, E a dar opinião… Pensa pela tua cabeça, Toma tu a decisão! Era uma vez um velho que vivia com o seu neto. Certo dia, decidiu ir até aldeia mais próxima para fazer algumas compras. Foi ter com o neto e disse-lhe: - Hoje vamos à feira. Tenho de comprar feijão, pois o saco está quase a chegar ao fim! As batatas e as verduras acabaram e já nem podemos fazer sopa! O neto, que de que adorava passear, ficou muito entusiasmado: - Que boa ideia, avô! Há tanto tempo que não vamos à aldeia! O avô preparou o burro e disse ao neto: Põe-te em cima do burrico, Vamos lá despachar! Temos que chegar depressa, Temos muito que comprar! E assim, puseram-se a caminho. Quando chegaram a passar por um campo, cruzaram-se com dois pastores velhotes, que guardavam as suas ovelhas. Um deles disse para o outro: - Ó homem, já viu bem este disparate... O rapazinho é que vai em cima do burro e o velho, que está tão fraco das pernas, é que vai a pé! O outro concordou: - Tem razão! Assim, vão demorar horas… E o velho vai ficar estafado! Mal ouviu isto, o neto olhou para o avô e disse: Venha o avô cá pra cima, Esta gente tem razão. Deixe-se de teimosias, É a melhor solução. E foi o que fizeram. O rapaz desceu do burro e o avô sentou-se confortavelmente na cela. Retomaram o caminho e, logo depois, viram um grupo de lavadeiras com a sua trouxa à cabeça. As mulheres olharam para o velho, para o rapaz e para o burro e uma delas, muito indignada, disse às outras: - Mas vocês já viram isto? Como é que é possível que este velho vá todo repimpado em cima do seu burro e que o rapazinho va a pé!? Outra das mulheres voltou-se para o velho e disse-lhe: - Você não deve estar bom da cabeça! O rapaz também tem direito de ir em cima do burro! Ajeite-se aí em cima e ponha-o aí consigo. Baralhado, o velho disse ao neto: Anda, sobe para aqui, Eu arranjo-te um lugar… Quero calar esta gente, Que só sabe reclamar! Já em cima do burro, o velho chegou-se para trás e o neto sentou-se à frente dele. Agora o avô estava mais descansado. Foram caminhando em direção à aldeia e, quando estavam quase a chegar, encontraram um camponês que não parava de olhar para os dois. O velho já estava a ficar incomodado e decidiu perguntar-lhe: - O que se passa? De do que é que precisa? Tem alguma coisa para vender, é? O camponês aproveitou e respondeu: - Coitadinho deste burro! Como é que um pobre animal pode andar com esse peso todo em cima? E novamente, o velhice o neto: Vamos descer do burrico, Que já deve estar cansado. De ouvir tanto comentário, Até eu estou estafado! De certeza que já ninguém tinha razões para reclamar. Agora o burro caminhava descansado e, a seu lado, iam o avô e o neto. Quando chegaram à feira, o velho fui surpreendido por uma vendedora, que lhe disse: - Então você tem um burro e aparece-me aqui a pé com o rapaz? Afinal para que serve o animal? O rapaz percebeu que o avô estava desesperado e decidiu apoiá-lo: Temos ouvido demais, Estou cansado desta gente! Vamos pensar só por nós! E vai ser tudo diferente! O velho agradeceu ao neto. Na verdade, ele sentia-se muito baralhado, mas achou que o rapaz estava certo: - Tens toda a razão! Se calhar, esse foi o nosso mal. Devíamos ter pensado pelas nossas cabeças e não fazer o que os outros iam dizendo… O rapaz sentiu-se mais satisfeito e perguntou ao avô: - Então, agora vamos às compras? O avô respondeu: Concerteza, meu rapaz, Temos muito para comprar. Feijão, batatas, verduras… Vem daí, vem me ajudar! Coleção: Histórias de Encantar Título da Obra: O Velho, o Rapaz e o Burro Texto: Ana Oom Editora: Zero a Oito Enquanto Mãe, já estive muito focada em encontrar soluções para os meus desafios com os meus filhos, seguindo opiniões de outras pessoas, sejam elas familiares, amigas, profissionais de saúde, educadores... E as opiniões de muitos deles eram totalmente opostas, o que me deixava muito confusa e ainda mais perdida... Certamente, todos eles tinham a melhor das intenções. Algumas das soluções que partilharam comigo fizeram-me sentido, outras não me fizeram qualquer sentido e descartei-as, e outras, mesmo não me fazendo muito sentido, pela forma como me prometiam o resultado que eu procurava fizeram-me experimentá-las... O único resultado que alcancei foi uma enorme culpa. Não cheguei ao resultado que procurava e consegui aumentar a minha confusão... A Parentalidade Consciente faz-nos um convite diferente. Além de transferir o foco da questão "como" (como é que eu vou corrigir este comportamento?) para o "porquê" (porquê que a criança está a ter este comportamento?), também me convida a sintonizar com o meu coração e perceber qual o caminho a seguir que faz sentido para mim e para a relação com a minha família (eu, os meus filhos). Convida-me a sintonizar com as minhas intenções e perceber se a solução que encontro está alinhada com essas intenções. As intenções das outras pessoas podem ser as melhores, mas são as intenções delas e não as minhas. A partir do momento que me sintonizei com as minhas intenções, com os meus valores, e acreditei que eu sei ser uma Mãe suficientemente boa para os meus filhos, deixei de importar-me com a opinião das outras pessoas em relação à forma como vivo a vida com a minha família. Não quer dizer que, às vezes, não possa procurar a opinião de algum profissional de determinada área... No entanto, mais importante do que a opinião dessa pessoa, o caminho que escolho seguir estará sempre alinhado com as minhas intenções e os meu valores enquanto Mãe... em Construção! E assim começo a minha jornada pela escrita... Não tenho muito para escrever, mas há muito que aprendi que o caminho faz-se caminhando, portanto umas vezes terei mais a dizer, outras menos, outras nada... E está tudo bem como está.
Senti necessidade de partilhar algumas das coisas que vêem cá de dentro e a página de Facebook torna-se curta e mais difícil de localizar o conteúdo. Daí estar a abrir também esta janela. Não tenho compromissos diários com o Blog, talvez algum compromisso com a inspiração. Se ela existir, eu comprometo-me a deixá-la fluir. Neste fluxo de inspiração irei procurar escrever textos relevantes, que estimulem a reflexão de quem por aqui passa, em áreas relacionadas com a Parentalidade e Educação. Se vos fizer sentido, podem sempre lançar-me desafios para que escreva sobre algum assunto específico. Sejam Bem-Vind@s ao Blog da Mãe em Construção. |